Atualmente, temos duas grandes vertentes na física: a Teoria da Relatividade de Einstein e a Teoria Quântica. A primeira consegue explicar o comportamento dos grandes corpos no universo, mas a Física Quântica explica o comportamento de partículas subatômicas.

A teoria do Big Bounce, ou “Grande Rebote” ou ainda “Grande Salto”, da Física Quântica, sugere que o Cosmos teria sido gerado a partir do colapso gravitacional de um Cosmos muito mais antigo, um Universo prévio formado de partículas onde a lei vigente era a Física Quântica que entrou em colapso, dando origem ao universo novo que habitamos. Segundo o Big Bounce, o universo se expande e se contrai indefinidamente. O que temos hoje seria o resultado de um “salto” de uma expansão para a contração, de forma que esta contração gravitacional transformou o que era o universo antigo num processo “Ultra” quente, denso e comprimido, um ponto energizado menor que um próton, que em vez de desmoronar em um ponto de densidade infinita, gerou um grande rebote - a singularidade do Big Bang -, que não foi o início, mas fez parte de um grande ciclo no qual o universo antigo dá lugar a um universo novo.

A medição do universo observável novo diz que 13, 7 bilhões de anos nos trouxeram até aqui, com uma margem de erros de 0,2 bilhões de anos..., tudo que já existiu ou vai existir neste novo universo começou neste feixe de energia menor que um próton, quando uma centelha fez renascer o novo universo, em uma super explosão cósmica, instantaneamente, este pequeno feixe de luz passou a maior que uma galáxia de 150.000 anos luz de diâmetro. Caso você esteja se perguntando, um ano-luz equivale a aproximadamente 10 trilhões de quilômetros...A energia gerada numa fração de milionésimos de segundos passou a expandir e a impulsionar a formação de inumeráveis sistemas de mundos, galáxias, quasares, pulsares e outras formas subordinadas às leis cósmicas, alimentar tudo que já existiu ou vai existir neste novo universo.

Trezentos e oitenta milhões de anos após este evento, enquanto o universo continua a se expandir, surgem os primeiros átomos de Hidrogênio.

As galáxias novamente em formação, submetida às altas pressões e temperaturas acima de 10 milhões de graus célsius, moldada pela gravidade, dão origem ao segundo elemento do novo universo: O Hélio, principal material para a formação das estrelas, que são fontes de luzes e as fabricas de elementos, que usando a logística de fundir elementos, conseguem criar mais 25 novos elementos dos mais comuns que precisaremos para existir, como o Carbono, Oxigênio, Nitrogênio e o Ferro.

Mas 25 elementos não são suficientes para formar o novo universo e a intralogística de fabricação das estrelas não dispõe de energia necessária para criar outros elementos..., a solução é partir então para processo de reengenharia logística: mantendo o foco no alcance de objetivos e metas, transformando seus processos e atividades de negócio, através do “rompimento” com costumes obsoletos..., resumindo: Criar uma nova fábrica mais qualificada para este desafio..., então, Bummmm...

Explode-se a “Fábrica”, digo, as estrelas... irradiando energia equivalente a 570 bilhões de sóis...As maiores explosões do universo desde o Big Bang, conhecidas como supernova, fornecendo os impulsos de energia necessária para fundir elementos mais pesados, como urânio, ouro, cobre, carbono e todos os elementos restantes que vão encher o nosso mundo.

Já tínhamos planetas? Não, só estrelas.

Fabricas trabalhando em turnos de 24 horas, sem interrupção... E pelos próximos 8 bilhões de anos, as fabricas de elementos continuaram com o seu processo de re-engenharia. Fusões de galáxias, estrelas que explodem e renascem..., cada geração com mais elementos pesados que a anterior. Até que 4,6 bilhões de anos antes de nós, finalmente foi criado materiais suficientes para pavimentar o caminho até nós...

Uma paradinha estratégica para uma receita do universo:

Em um dos berçários da via láctea, a uma distância de cerca de 24 a 26 mil anos luz do centro galáctico, são adicionados 74,9% de Hidrogênio, 23,8% de hélio, 1% do ouro, da prata e da platina, põe estes componentes nas forjas nucleares dos mais poderosos fenômenos astrofísicos e deixam incubando por 70 milhões de anos. Completa agora com chumbo e outros elementos de terras raras, como aqueles usados para fabricar telefones celulares, volta para a forja por mais 30 milhões de anos e, pronto.

Movendo-se geralmente na direção de Cygnus (Uma constelação do hemisfério celestial norte) e completando uma órbita entre 225 a 250 milhões de anos (um ano galáctico), com uma massa 332.900 vezes maior que a da Terra, nasce o nosso SOL. Tão grande que reunia 99% do gás da poeira do sistema solar, então entra em ação a gravidade, o escultor do universo, na formação do sistema solar, cria-se os planetas...o terceiro depois desta estrela, rodopiando no sentido anti-horário, será a nossa casa.

Aproximadamente há 4,54 bilhões antes de nós, nasceram as primeiras auroraras no planeta alienígena em formação,(um mundo que gira tão rápido que um dia dura apenas 06 horas), de lavas e rochas vulcânicas liquefeitas onde já se encontram todos os elementos, em caos, colocados em ordem pela logística gravitacional, os elementos mais leves flutuam em direção à superfície e formam uma crosta sólida, o material mais pesado afunda em direção ao centro, formando o núcleo de ferro níquel derretido, que cria um campo magnético que se estende até o espaço, como um escudo à nos proteger das partículas mortais emitidas pelo nosso sol.

Então o planeta está pronto para criar vida? Não.

A nossa viagem logística está há 4,54 bilhões antes de nós e o futuro não parece nada promissor. Vindo do espaço, sem freio e em sua direção um objeto do tamanho de marte, na realidade um planeta gêmeo da terra, chamado Theia... uma megatrombada espacial a uma velocidade de 40 mil km/h...Grande parte deste objeto foi absorvido pela terra e parte dele foi rebatida para o espaço, os materiais deste objeto ficaram orbitando à terra, e foram reunidos pela gravidade, que num período de 01 ano os transformou numa esfera secundária, onde permaneceu desde então... a nossa lua, nosso satélite; a sua força gravitacional exercida mantém a terra firme, evita que ela balance, salvando-nos de terríveis oscilações de clima, deixando a terra inclinada em seu eixo, dando uma oportunidade chave para a vida, “As estações do Ano”.

A gravidade da lua auxilia na diminuição da rotação da terra, prolongando nossos dias de 06 horas para 24 horas e permanece assim nos últimos 4,54 bilhões de anos, para sorte dos futuros moradores deste planeta.

Agora estamos há 4,4 bilhões de anos antes de nós, ainda é muito quente para a água existir, mas como toda chaleira que ferve, forma vapor de água, fumaça na atmosfera..., o desafio logístico é fazer este vapor de água cair, é a única chance de criar as mínimas condições de vida...é um trabalho para a gravidade. Por milhões de anos enquanto o planeta esfria, a chuva cai, formando poças, lagos, e eventualmente os nossos oceanos.

Há 3,8 bilhões antes de nós, com uma lua e oceanos permanentes, o que falta para tornar este planeta palco de toda as histórias dos seres que conhecemos, e que ainda vamos conhecer? Uma atmosfera rica em oxigênio, continentes férteis?...Sob a superfície de nossos oceanos primitivos, a logística de produção de elementos das estrelas passa para processos de ultralogística, mais refinada, evolutiva..., a reordenação de 6 elementos simples, incluindo o hidrogênio do Big Bang, o oxigênio, o carbono e o nitrogênio, criados pelas estrelas se combinam para criar a substância chave que vai compor toda a vida no planeta, inclusive nós, a mais espetacular, o ácido desoxirribonucleico...,o DNA! Em suas espirais, ele esconde os códigos secretos da vida, 754 mil anos após o planeta ter se formado, a vida na terra se inicia: As bactérias passam a ter a terra somente para elas, por bilhões de anos.

✓ Dos 118 elementos da tabela periódica, 92 são naturais, foram geradas nas estrelas, e os outros 26 são artificiais, criados em laboratórios.

A nossa odisseia logística está há 2,5 bilhões de anos antes de nós, ocorre a primeira terceirização de mão de obra para a nossa evolução. Um grupo de bactérias em particular se destaca ao desenvolverem uma forma de utilizar energia da luz do sol e usá-la para produzir açúcares da água e do dióxido de carbono: as cianobactérias. Esses microrganismos hoje em dia são conhecidos por formar "tapetes azuis ou verdes" em lagos e oceanos.

O processo é conhecido como fotossíntese é hoje a forma como todas as plantas do mundo de alimentam.

Do ponto de vista das bactérias, fotossínteses têm uma inconveniência: produzem oxigênio como dejeto. O gás em nada serve para elas, que então o liberam para o ar. Sendo assim, a explicação para a "Grande Oxidação" é simples: cianobactérias bombearam oxigênio"rejeitado" para a atmosfera, transformando a Terra. Ao fazer isto, elas criam o resíduo mais importante na história do mundo...o Oxigênio, que vai recriar o nosso mundo, de que forma? Oxigênio e partículas de ferro nas águas dos oceanos antigos..., não deu outra: Oxidação: O ferro enferrujado se junta no fundo mar e dará origem as principais fontes de ferro e aço no futuro, e ao mesmo tempo em que limpam os oceanos do ferro, elas criam tanto oxigênio que transbordam dos oceanos para a atmosfera, transformando nosso planeta diferente de tudo que existe em nosso sistema solar, e a vida dá um salto qualitativo, onde as bactérias aprendem a viver no oxigênio, o que foi um divisor pois, ao domar o seu poder, a vida encontrou uma maneira melhor de revigorar-se, mais potente e mais eficiente do que qualquer coisa usada antes, e o que a vida faz com toda esta energia nova será a história que leva a nós.

Impulsionado por este novo projeto de organização de matriz pelos próximos 2 bilhões de anos, a vida na terra se torna mais complexa, o céu se torna azul, e os oceanos que os refletem também. Continentes grandes e sólidos aparecem, e a terra começa a aparecer mais com o que é hoje.

No seu aniversário de 4 bilhões de anos, com altos níveis de oxigênio na atmosfera e uma camada de ozônio já formada para proteger da radiação, a vida na terra está preste a enlouquecer..., a explosão cambriana, a versão da biologia do Big Bang.

A nossa escala de tempo geológico nos diz que estamos agora há 500 milhões de anos antes de nós, pois apareceram os primeiros peixes ósseos nos oceanos, com uma coluna vertebral ou espinha dorsal, boca com mandíbula...Estes caras são os ancestrais de todos os vertebrados.

Em 100 milhões de anos depois na nossa escala de tempo geológico, surgem os primeiros movimentos dos oceanos para o continente. Primeiro foram as plantas em forma de musgos, seguidas pelos anfíbios, dos quais, nós nos incluímos como descendentes, que tinham ovos gelatinosos e não era adequado para sobreviverem em terra firme. A engenharia Genética natural evoluiu para uma forma de ovo com casca que mantém a umidade dentro, sinalizando a evolução de anfíbios para repteis.

O cronograma de tempo geológico aponta para 250 milhões de anos antes de nós, onde um apocalipse se desenrola em forma de atividades vulcânicas. O maior desde os primórdios do nosso planeta, sufocando a atmosfera com dióxido de carbono, extinguindo 70% das formas de vida da geração cambriana. A pior extinção em massa do planeta terra. A extinção provocou uma mudança drástica em todas as faunas e marca a fronteira entre o Permiano e o Triássico. A extinção esteve presente 5 vezes nos últimos 500 milhões de anos.

Esta destruição abriu espaço mais uma vez para a remodelação do sistema, que permitiu que novas criaturas passassem a reinar, entre eles, os “Top Of Mind” do reino animal: Dinossauros, que reinarão pelos próximos 160 milhões de anos.

O Continente era “Pangeia”, palco também das primeiras florestas de madeira de lei, época em que a gravidade da lua faz a terra finalmente desacelerar, e um dia passa a ter 24 horas. Forças tectônicas começam a desfazer esta massa continental. Ela se fragmentou há 130 milhões de anos em Laurásia (América do Norte e Eurásia) e Gondwana (América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártida) e, há 84 milhões de anos, houve a separação entre a América do Norte e Eurásia e entre a América do Sul, África, Oceania e Índia, que se tornou uma ilha no oceano Índico.

Finalmente a terra prometida? Não.

A escala de tempo geológica marca agora 65 milhões de anos antes de nós e, é um dia muito ruim, daqueles que ficam na história, uma tempestade se aproxima, causadas por eventos que ocorrem muito antes e distante...há exato 100 milhões de anos atrás, num cinturão de asteroide entre marte e júpiter, há 320 milhões de quilômetro da terra, bilhões de rochas vagando no espaço, dois asteroides gigantescos se chocam, se partem, e um fragmento de 9 km de largura e um peso estimado de 02 trilhões de toneladas sai de sua orbita, com um destino muito especial, uma rocha que mudará a história, ela se dirige rumo ao 5º maior planeta do sistema solar, o único onde é possível encontrar vida.

Há 402 mil quilômetros está talvez a última esperança de defesa que já havia salvado o planeta, inúmeras vezes, a lua. Sua superfície irregular exibi cicatrizes de incontáveis colisões. Mas a lua não está no lugar certo, nem da hora certa desta vez. Mas, ainda existe uma esperança: nossa atmosfera. A densidade da água é parecida com a densidade da atmosfera.

Fazer pedras quicarem na água é uma habilidade que requer o domínio da velocidade, do giro e do ângulo de entrada. Quem sabe...

Algo em torno de 10 milhões de seres vivos, por milhões de anos pisaram onde nós pisamos, beberam da mesma água, respiraram o mesmo ar, lutaram nos mesmos campos de batalhas, até encararem um dia que nenhum de nós poderia imaginar, algumas das horas mais importantes na história da terra. Mas, para muitos destes seres, chegou o dia do Juízo final. A rocha não ricocheteou na atmosfera, entrou num ângulo reto... Uma nuvem de poeira bloqueia o sol, as temperaturas despencam, e todas as criaturas na terra que pesavam mais de 22 kg, são extintas, incluindo os “Top of mind” do reino animal...O reino dos dinossauros, acabou.

Tem sido assim na história do planeta. Rei morto (Os dinossauros) ...Rei Posto... (É a vez de quem agora?)

Dos mamíferos...Aparecem os primeiros primatas, com suas versões posteriores, incluindo nós! Estes mamíferos evoluíram com os olhos na frente, permitindo ter percepção de profundidade e mãos flexíveis com 5 dedos. A diversidade de primatas beira a 483 espécies desse grupo de mamíferos, 116 deles vivem no brasil, e destes, 63 existem apenas aqui.

Viajando no tempo, vamos voltar a 500 mil gerações antes de nós, cerca de 50 milhões de anos...Nossos ancestrais primatas estão evoluindo num planeta que está esquentando a ponto de criar selvas nos polos. Enquanto os continentes continuam se separando, e dando forma ao molde que conhecemos hoje.

Aproximadamente 100 mil gerações antes de nós ou cerca de 10 milhões de anos, a terra está se transformando num mundo que já podemos reconhecer. O rio Amazonas já tinha 1,8 milhões de anos, a Cordilheira dos andes coberta de prata não era tão alta, mas a formação das cadeias da himalaia, de tão alta, começam a perturbar os padrões climáticos daquela era, preparando o palco para um planeta mais frio.

Inicia-se a formação do istmo do Panamá. E um evento importante para entender as características evolutivas da fauna e da flora nas Américas e nos oceanos que as circundam. Em terra firme, o surgimento do istmo facilitou a migração de espécies oriundas do Norte para o Sul, e vice-versa. Esse movimento de plantas e animais ficou conhecido como o Grande Intercâmbio Americano.

Nos mares o efeito foi o contrário: o istmo separou na região do Caribe, as espécies do Atlântico das do Pacífico, criando um obstáculo natural, cortando a ligação entre o atlântico e o pacifico, interrompendo as correntes oceânicas. Nesta situação, os nossos ancestrais primatas ficam presos aos trópicos, e uma nova criatura está chegando e ameaça mudar tudo: Poaceae.

Vamos aportar há 70 mil gerações antes de nós, encontramos nossos ancestrais vivendo alegremente em segurança nas copas das árvores, e nem desconfiam que sua região será invadida em breve. Este novo recém- chegado causará impacto mais profundo sobre os seres humanos, do que qualquer outro que já existiu sobre a terra. Foi o propulsor para o nosso surgimento: A grama...gramínea, isto mesmo, da família dos Poaceae. Nas Gramíneas estão incluídos cerca de 650 gêneros pertencentes a cerca de 10.000 espécies e apresentam uma distribuição cosmopolita, aparecendo quase simultaneamente em todo o planeta. Nas savanas Africanas, nas estepes da Eurásia, as pradarias das américas, e invadem florestas, abrindo grandes espaços entre as arvores, fazendo com que os primatas tenham que se adaptar, descer das arvores..., e ao descerem das arvores para este novo habitat, estimula os mesmos a andarem sobre as duas pernas, para manter a cabeça acima da grama alta, para enxergar os predadores, e ficar sobre os dois pés, foi um avanço revolucionário... Se tornou mais rápido em solo, alcançar alimentos que não estavam ao alcance antes, regular melhor a temperatura corporal, e ainda ficou com as mãos livres para moldar a história humana.

Há 26 mil gerações antes de nós, os primeiros proto-humanos ou protohominídeos, andam numa terra cuja rochas estão carregadas do elemento silício criada nos núcleos das estrelas bilhões de anos antes. O silício é o 2º elemento mais abundante na crosta terrestre e uma das peculiaridades de sua composição química, é a habilidade de se juntar ao oxigênio para formar cristais que se combinam em rochas solidas. Rochas que podem ser afiadas e moldadas sem se quebrarem, para criar armas de ponta afiadas..., foi a primeira revolução tecnológica à base de silício, na idade da pedra...Nos tempos atuais o silício fez a sua segunda revolução, sendo usado em tecnologia de ponta para computadores, celulares...

Uma segunda parada explicativa: Os ancestrais que contribuíram com a evolução humana:

10 – Sahelanthropus tchadensis (6 – 7 milhões de anos atrás) o “elo inicial” deste processo
9 – Kenyanthropus platyops (3,5 milhões de anos atrás) adaptação a novos ambientes.
8 – Australopithecus afarensis (3 – 3,9 milhões de anos atrás) 40% da nossa anatomia, a famosa “Lucy”, era bípede, passava o dia em terra e dormia sobre as árvores.
7 – Paranthropus boisei (1,4 – 2,3 milhões de anos atrás) Criatura bípede
6 – Homo habilis (1,6 – 2,5 milhões de anos atrás) usava pedras como ferramentas
5 – Homo ergaster (1,5 – 1,8 milhões de anos atrás) dominou o fogo, e se comunicava por símbolos
4 – Homo erectus (0,4 – 1,8 milhões de anos atrás) - dominava o fogo, construía ferramentas e vivia em pequenas comunidades
3 – Homo heidelbergensis (0,2 – 0,6 milhões de anos atrás) - enterrava seus mortos de modo ritualístico, era capaz de planejar, se comunicar de modo simbólico e construir abrigos elaborados
2 – Homo neanderthalensis (0,03 – 0,3 milhões de anos atrás) - Cérebro maior que o do Homo Sapiens, com habilidade de manipular objetos, raciocínio e memória menos desenvolvidos. Suas armas (facas e lanças) exigiam que se aproximassem de suas presas. Viveu por 200 mil anos sobre a face da terra. Nós os humanos, estamos aqui há apenas 40 mil anos
1 – Homo sapiens (0,2 milhões de anos atrás – presente) Ou Melhor, somos nós, os Humanos. “Somos uma mescla de fragmentos de todos os nossos antepassados”, quer dizer, em algum momento o homo sapiens e os neanderthalensis fizeram amor. Assim como os neanderthalensis fizeram com Homo heidelbergensis...

✓ Somos pó estelar, como os traços de ferro no nosso sangue, que veio de uma supernova, os componentes de uns multivitamínicos, tudo é formado por ingredientes que foram criados na explosão de uma Supernova, do cobre ao zinco, do selênio ao ferro, tudo que tornaram a semente da vida na terra a condutores da vida humana.

✓ Somos as verdadeiras criaturas das Crônicas de Gelo e Fogo. No sistema solar, só o nosso planeta tem a capacidade do fogo. Temos as duas coisas essenciais que precisamos para o fogo queimar: um vasto fornecimento de combustíveis em forma de planta e arvores, e uma atmosfera repleta de oxigênio, para atiçar as chamas. Os nossos antepassados mantiveram o fogo firme sob controle há 800 mil anos. Uma habilidade que nos conecta ao início.

Estamos há apenas há 2 mil gerações antes de nós, abre-se um mundo de possibilidades, o homem moderno tomou forma totalmente, nós começamos a falar...Pela primeira vez, a informação pode ser compartilhada entre indivíduos, e pelas gerações, dando uma vantagem imensurável sobre qualquer outra criatura da terra, é como se deixássemos de ser um computador solitário e passasse a ser um computador em rede, por exemplo.

Agora, há apenas mil gerações antes de nós, podemos nos locomover sobre duas pernas, temos mãos ágeis, ferramentas primitivas, nos comunicamos e somos o senhor do fogo. Então vamos explorar.

As mudanças nos continentes ligaram a África a Eurásia, criando a maior massa de terra continua do planeta: A Afra Eurásia. 90 milhões de km2. Mais de 2 vezes a área da nossa lua inteira. Começa a dispersão humana. Passamos a viver em todos os continentes, o que nos dar uma grande vantagem em relação a extinção em massa.

Quinhentas gerações antes de nós, encontramos caras muitas conhecidas: Sid, Manny, Diego, NEIL DEBUCK WEASEL? Sim, do filme “a Era do Gelo”. As geleiras começam a avançar para baixo do polo norte, enquanto os humanos continuam em sua conquista do mundo chegando no que hoje, a China e a Austrália.

Há cerca de 30 mil anos, o homem sapiens chega a Europa pela primeira vez. Há cerca de 20 mil anos com o gelo se aproximando do seu maior extremo, a marcha do homem atinge a tundra gelada do nordeste da Sibéria, e apesar das provações da era do gelo o homem revolucionou o seu roteiro: sobreviveu a glaciações, espalhou-se da África para outros continentes, tomou conta do mundo e interferiu em praticamente todos os ecossistemas, resistindo, adaptando-se, nos tornamos mais inteligente ainda e desenvolvendo as últimas habilidades de que precisaremos para sermos seres humanos de fato. Nos símbolos de desenho deixados em diversas cavernas pelo mundo, demos um passo intelectual para pensar aqui e agora, no além, do que simplesmente necessário para sobreviver.

Agora com uma quantidade enorme de água presa ao gelo, os níveis de água caem de 90 a 120 metros, desaparecendo a última grande barreira para a disseminação do homem. Chegamos no estreito de Bering da Sibéria a América do Norte.

Agora nossa história começa..., mas é importante lembrar de como é pequeno o pedaço da história que de fato ocupamos.

“Se comprimirmos quase 14 bilhões de anos de história do universo em 14 anos a nossa existência: nesta escala a terra teria existido somente nos últimos 5 anos, as grandes criaturas como os dinossauros só teriam se desenvolvidos nos últimos 7 meses e teriam se extinguidos há apenas 03 semanas, e todas as histórias registradas e descobertas dos serem humanos, teriam começado apenas nos últimos 03 minutos, a revolução industrial e sociedade modernos teriam começado apenas nos últimos 06 segundo, isto nos mostra que os seres humanos podem estar aqui por apenas um breve instante da história registrada do universo.”

Por Bilhões de anos, as estrelas e o nosso planeta pavimentaram a estrada para chegar até aqui, realizando um lento trabalho de organizar os elementos de uma forma que tornaria a história possível. A estrear neste novo mundo está um novo ser, diferente de todos os outros que já haviam habitado este planeta, capaz de moldar, criar, evoluir expandir para além dele: O HOMEM.

Os humanos alteraram tanto o planeta que deram início a uma nova época geológica: o Antropoceno.
Há 12 mil anos antes de nós, ou 10 mil anos antes de cristo, a menos de 100 mil anos depois da expansão da África, o Homem chegou a América do Sul, os serem humanos encararam as adversidades da era do gelo e ao invés de morrermos, nós nos adaptamos e nos tornamos mais inteligente, e estamos colonizando todo o globo, da costa a montanha, da tundra ao deserto, os humanos já estão lá.

O desgelo começa a subir os níveis da água novamente, prendendo os humanos em hemisférios vastos, diferentes e desconectados. Conforme as geleiras recuam, elas esculpem lagos, rios e bahias, e emergem o mapa mundi conforme nós o conhecemos hoje. Na África, o aumento das chuvas faz com que os lagos Vitória e o Albert transbordem, e formem o Rio Nilo do Egito. Na Eurásia, outros rios emergem, o Tigre e o Eufrates na Mesopotâmia, atual Iraque. Os Hindus no atual Paquistão, o Huang-Ho (também chamado de rio Amarelo) e o Yang-Tsé-Kiang na China, formando vales com solo férteis, permitiram que as primeiras sementes das civilizações sejam plantadas, fazendo com que, os humanos parem de se locomover e construam suas primeiras moradas fixas, dando prosseguimento ao aumento da população. Com mais bocas para se alimentar, há a necessidade de diversificar seu cardápio.

Então uma descoberta muda para sempre o planeta e o caminho da humanidade. Nós aprendemos a plantar sementes, e as sementes que plantamos, vem da mesma semente das plantas que milhões de anos antes estimularam a nossa evolução, de símios para seres humanos. A heroína oculta da história humana: A grama. Entre as mais familiarizadas estão a cana de açúcar, o trigo, centeio, cevada e todas as culturas de cereais de onde tiramos a maioria das nossas ingestões de calorias, uma revolução energética. A atividade agrícola não foi uma técnica passada aos humanos no início. Ela foi criada. Surgiu por pura necessidade e não por penúria. As mulheres colhiam frutos e arrancavam raízes, enquanto os homens caçavam. Elas tiveram a ideia do plantio experimental das primeiras sementes. E isto foi o fim da perambulação, ou a transição de seres nômades, caçadores e coletores, para seres com residências fixas. Com a agricultura, os povos não precisavam mais de ir em busca de outros lugares quando os recursos de uma área acabavam.

Estamos agora há 60 gerações antes de nós, a essa altura, já temos o homem primitivo vivendo em comunidades. Ele já não precisa mais se arriscar em caçadas ou em movimentos dos grupos rumo a terras desconhecidas. As comunidades tinham a terra para uso comum e criaram formas de se proteger, assim como proteger suas lavouras. Palco preparado para a nova fase da história humana...

Três espécies de cavalos evoluíram primeiramente nas Américas por 40 milhões de anos, mas foram extintos nesta região, junto com outros mamíferos há 10 mil anos antes de cristo. Mas antes, vários deles conseguiram escapar pelo estreito de Bering em direção a Eurásia Central e foram domesticados pelos povos desta região há 4 mil anos antes de cristo. Eles foram reintroduzidos novamente na América depois de 5 mil anos de seu desaparecimento. Por Cristóvão Colombo.

“Quem viajar de navio da Cidade do Cabo, na África do Sul, até Belém, no Pará, vai percorrer uma imperceptível descida. Por causa das diferenças de massa do planeta no trajeto entre esses dois lugares – e, portanto, das variações do campo de gravidade da Terra –, o nível do mar no porto do sul da África do Sul está a 70 metros acima da altura do mar no porto de Belém”.

Assim como a gravidade atraem e constroem universos, os campos férteis ao longo dos grandes rios do nosso planeta tornam-se grandes imãs para a interação humana e sempre que mais matéria e energia forem reunidas em um só lugar, mais coisas complexas podem surgir, são as interações que criam as coisas, como a região da Suméria, localizada numa parte do crescente fértil entre os rios Tigres e Eufrates, conhecida como Mesopotâmia, atraem pessoas, suportam grandes populações, e se tornam centros de poderes e inovação do antigo mundo.

Três Mil anos antes de cristo, os Sumérios Inventaram a escrita e a roda, dividiram o tempo em horas, minutos e segundos, domaram a natureza ao iniciar o cultivo de sementes e construir canais de irrigações e drenagem, diques, barragens e poços, ergueram cidades gigantescas com densidade populacional comparável a São Paulo de hoje, desenvolveram a escrita para fazer controle do que produziam e vendiam, a política para administrar e iniciaram a logística de armazenagem e transportes ao construir silos para guardar as sementes e cruzaram os desertos com suas caravanas de burros, iniciando a globalização do comercio, e apesar de terem desaparecidos do mapa há milhares de anos atrás, sua memória vivem na Odisséia de Homero aos livros do antigo testamento, eles escreveram a história das dores do parto da humanidade.

Cinquenta gerações antes de nós, o mesmo fenômeno acontecia também nos aglomeramentos perto dos rios, ao longo do rio Nilo, do Indo e o Huang Ho ou Amarelo e do Yangtzé, as civilizações estão prestes a decolar, e o combustível usado é: O comercio. Quanto mais trocam bens e aprendem com outros lugares mais rápidos elas crescem. O comércio e a comunicação a longa distância é um percurso necessário que permite a existência da civilização urbana como a conhecemos.

O primeiro sistema de logística de transportes de mercadorias que impulsionou a humanidade eram feitas nas costas de quem está associado a um vasto patrimônio de importância social, cultural, económica e ecológica: O Burro. O "hotspots" ou a rede de internet sem fio daquela época, transportava em suas costas não só bens como madeira e bronze, mas ideias e histórias. Esta internet irá conectar as primeiras civilizações descritas na bíblia, como Canaã, Egito, convergem ao golfo pérsico, onde se ligam aos navios que transportam mercadorias para a índia, criando um grande intercâmbio cultural e material entre estas civilizações, dando inicia a tendência da globalização. Esta é a chave para entender como nosso mundo funciona até hoje. Assim, com as primeiras civilizações, nós comercializamos e formamos redes, estas redes formam centros, e ao longo da história está nestes centros significou uma coisa: Stakeholder - público estratégico, grupos com interesses em negócio.

A Industria da construção está a todo vapor, na África as grandes pirâmides surgem as margens do Nilo, os primeiros estágios de Stonehenge surgem na Grã-Bretanha antiga, e de volta a Suméria, montes e templos artificiais chamados zigurate erguem-se cada vez mais alto para o céu. Para cimentar estas estruturas enormes, são usados produtos forjados nas profundezas dos oceanos há milhões de anos antes, os construtores da suméria usam o Betune, um derivado de petróleo, as grandes pedras das pirâmides do Egito são fixadas por restos de antigas conchas chamadas numolideas, suas conchas de cálcios e carbono se acumularam ao longo de milhões de anos, formando calcário, de onde se retirou a matéria prima para a construção do Egito. Nas Américas as civilizações Maias, Astecas e Incas já construíam cidades maiores que a atual Londres. Na China, a pedra foi o material escolhido para a construção de grandes obras de arquitetura e engenharia tanto de caráter civil como militar. Entre elas, a Grande Muralha e os templos rupestres budistas onde câmaras e capelas de culto budistas, celas e outras dependências para a vida dos monges, foram escavadas em rocha viva, O exército de guerreiros e corceles de terracota, considerado a oitava maravilha do mundo.

A invenção da roda foi o impulso inicial para a evolução de outras tecnologias, como a carroça e a biga, que puxados por cavalos domesticados trouxe a velocidade necessária para transportar o homem do campo ao comércio e as guerras.

As guerras urgem por demandas cada vez maiores de equipamentos militares, e o cobre e estanho não estão em abundancia devido ao corte das rotas por onde se traziam estes materiais. Mas, a logísticas de transportes sobre o lombo dos burros já haviam resolvido este problema, pois as ideias transportadas do Oriente através da emigração de tribos indo-europeias (celtas), que a partir de 1 200 a.C. começaram a chegar a Europa Ocidental já sinalizavam para a metalurgia do ferro. Este metal é superior ao bronze em relação à dureza e abundância de jazidas. A humanidade entra na idade do ferro. Cavalos domados, Bigas e armas de ferro. O trinômio capaz de tornar impérios possíveis.

Feito rastilhos de pólvora os impérios se espalham de mãos dadas com as crenças, impostas a ferro e fogo sobre as grandes áreas conquistadas que passam a ter um controle central. A ideia de um Deus universal, o monoteísmo faz emergir o Judaísmo, do qual nós obtemos o Cristianismo e o Islamismo. O Budismo e o Hinduísmo também surgem. As 5 grandes religiões de hoje têm suas origens nesta era notável.

Mas, apesar de todas estas revoluções tecnológicas, logísticas e conexões, o império do meio ainda não tinha sido alcançado. A terra do Homo erectus evoluía alheia a tudo que se passava nesta parte do planeta. E eles atinha muito o que mostrar.

Escondida por trás das montanhas do Himalaia, 3 mil anos de história e 5 Dinastia pivotando e incubando ideias, haviam evoluído mais que todos os impérios já existentes até aqui. Pólvora, papel, bússola, tecidos, espelhos de bronze, perfumes, joias, porcelanas, carrinho de mão e do moinho movido a água tornavam a ultralogística deste império superior aos impérios do ocidente em todas as artes, inclusive a da guerra.

A 5ª. Dinastia Han, 206 a.C. - 220 d.C., faz contato com o ocidente, criando a rota da seda por volta de 100 anos antes de Cristo, formando uma rede de comercio formidável, que liga a China pela a Ásia central até o império Romano. A china junta o seu mundo ao império romano, onde até então nenhum comerciante chinês conhecia um romano e nenhum romano conhecia um comerciante chinês. Mas isto não impede do comercio explodir por três séculos de intercâmbio cultural e comercial que não havíamos visto antes na história humana. Mas esta nova rede humana também desencadeia, perigos ocultos.

Mais do que mercadorias e informações conectando Europa e Ásia, transita por esta rede ameaças invisíveis... Doenças. Enormes epidemias que alguns culpam tanto por derrubar o império romano como a dinastia Han da china.

Trajetória...Padrões...Adaptações, evoluções e ideias mudam muitos pontos de vista e convencem..., o imperador romano Constantino converte-se ao cristianismo, a religião que passa a ser dominante da Europa e do ocidente. 03 séculos mais tarde, trajetórias e padrões se repetem, o Islão também emerge, e unifica um território 2,5 vezes maior que o império romano.

A Logística de transporte de mercadorias dá lugar a ultralogística, acelerando e fazendo 150 km com um litro de água, transportando 2 toneladas de mercadorias, surfando sobre as ondas de areias do Saara, definitivamente este navio abriu rotas confiáveis que cruzaram o deserto, levando a formação dos primeiros estados da África central. Estamos falando de caravanas de camelo. Uma criatura que como o cavalo, o ancestral escapou para o outro lado pelo estreito de Bering, para fora da américa do Norte, para impulsionar o comercio árabe pelos os próximos 1000 anos, e explodir a rede global de comercio para lugares que até então não havia chegado antes.

O processo expansionista foi fulminante, estimulado por interesses em dominar rotas de comércio, pela cultura do botim, pela Guerra Santa e pela fraqueza dos adversários. A logística se encarrega de fazer chegar o sal do Saara a Roma, o arroz do leste da Ásia a índia, o segredo de fabricação de papel da china para a Europa, e inúmeras outras invenções, cultura, sabores e ideias ao redor do mundo.

Na cultura o segredo é praticar o benchmarking, passeando pelo Norte da África islâmica, o Sr. Leonardo Fibonacci, um comerciante italiano, pesquisa os modos dos comerciantes Árabes, que usam um sistema de contas simples, mas engenhoso do que se originou na índia, mas amplamente utilizado no mundo árabe. Dominada a técnica e aplicando técnicas antigas de dantotsu, difunde estes conhecimentos universalmente, com todos fazendo contas de forma igual, os negócios e o comercio vão explodir, alicerçados por números conhecidos como algarismos árabes.

Mas o Networking com a China rendeu mais que ideias de comercio avançado...rendeu ideias explosivas.

Alquimistas Chineses buscando o elixir da imortalidade, combinam carbono e enxofre com salitre, um composto de potássio nitrogênio e oxigênio, forjados nas estrelas, triturados e misturados e chega a formula da... Morte Súbita.

A receita da pólvora no final vai para o ocidente pela rota da seda até o mundo islâmico, os guerreiros islâmicos vão usar para disparar balas de canhão contra os cristãos das cruzadas. Apesar de levar chumbo, os europeus adoraram a ideia, abraçando e aperfeiçoando as armas de pólvoras.

Século 14 depois de Cristo, 400 milhões de pessoas divididas em 02 mundo.

Na Europa dividida, resultado da queda de Roma, é a oportunidade para o Italiano Cristóvão Colombo buscar financiamento para sua expedição que é patrocinada pelo o rei e a rainha da Espanha com o propósito de chegar a Índia, traçando assim novas rotas marítimas de comercio.

Do outro lado do planeta, uma história fascinante envolta em mitos e lendas, cidades maiores que a Londres de hoje, rivalizando com Roma em sua sofisticação. A partir de sua capital, Tenochtitlán (hoje a cidade do México, tinha uma população de 400.000 habitantes, na época, maior que qualquer cidade Européia, era uma vasta metrópole cercada de água, como em Veneza, com um labirinto de canais que atravessava em todas as direções), os Astecas controlavam um grande império que incluía quase todo o centro e sul do México. Foram guerreiros famosos, com uma organização militar muito desenvolvida.

Já o povo Maia habitava as regiões das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (região sul do atual México). As cidades formavam o núcleo político e religioso da civilização e eram governadas por um estado teocrático. O imperador Maia era considerado um representante dos deuses na Terra.

Os Incas viviam na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco.

Todas eram civilizações altamente desenvolvidas, as crianças frequentavam a escola até completarem 8 anos. Na escola aprendiam o básico da escrita asteca e as tradições (tanto os meninos quanto as meninas). Uma outra metade do ensino era dividida: meninas aprendiam a tecer, costurar, cozinhar e cuidar das crianças, enquanto os meninos aprendiam a guerrear.

A base da economia era a agricultura, principalmente de milho, feijão, tubérculos. As pessoas utilizavam grãos de cacau para compensar as diferenças no valor dos objetos trocados. No mercado eram vendidos legumes, verduras, animais, machados, panelas, objetos de plumas, joalheria e ervas. Suas técnicas de irrigação eram muito avançadas. Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império. Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço na arquitetura. O artesanato também se destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas. A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo calendário que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano. Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e outros dados importantes. Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor zero.

Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de retirar a lã, carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.

1492, A CONQUISTA DO PARAISO?

Convictíssimo (e redondamente enganado…) de estar chegando lá na Cochinchina, Cristóvão Colombo morreu acreditando que tinha chegada as Índias, mas em vez disso o que ele fez foi ligar as duas metades do mundo que estavam separadas há 15 mil anos.

Nada jamais será igual. Até então as pessoas que estão vivendo na Eurásia não tinham conhecimento desta outra parte do mundo, nem que nela viviam milhões de habitantes. O mesmo acontecia com quem vivia nas Américas. O Impacto seria o mesmo que se visitássemos hoje um novo planeta e desse de cara com pessoas semelhantes a nós física e culturalmente.

Acreditando ter encontrado as Índias, parte da solução econômica, Colombo se surpreende com a beleza natural da região e a pureza de seus conterrâneos. Crê então e assim divulga ao povo europeu ter chegado ao começo do paraíso na terra...Para os nativos, foi o começo do fim.

Isto nos faz pensar o que ocorreria se os humanos dessem de cara hoje com uma civilização alienígena mais avançada do que nós. O encontro destes dois mundos ceifou as vidas de 82 milhões de nativos americanos ou 97% de toda a População, ao longo da carnificina, digo, da conquista, sob chuvas de balas, da proteção divina das religiões, da escravidão e germes... A soma de mortes da 1ª e da 2ª guerra mundial totalizaram 56 milhões... Então se dermos de cara com uma civilização mais evoluída, 97% de 7 bilhões de nós vão desparecer, os 03% serão escravizados, obrigados a seguir suas crenças e submetido a toda sorte de infortúnio? Senão vejamos...Pirâmides do Egito, custaram 100 mil vidas escravas... A colonização das Américas.... Negros escravizados até a 3º geração...

Para os Europeus, era tudo que eles precisavam. Uma nova terra para explorar, expandir seus comércios e suas...crenças...Mão de obra...

Atravessar o atlântico os coloca no centro da maior rede de comercio que já existiu, além de um grande feito, é a oportunidade de conquistar uma nova e vasta rede global, criar novos centros e mudar o poder.

Os alimentos que tinham se isolados dos continentes desconectados, começam a circular ao redor do mundo. Milho, batata, feijão, tubérculos começam a aparecer nas mesas da Eurásia, e os velhos grãos que cresciam nos férteis campos dos Sumérios, como o trigo, começam a alimentar as Américas. É uma revolução, mas energia, mas disposição, e a população, mas que dobra. Chegamos a 900 milhões em menos de 03 séculos.

Os conquistadores só queriam ficar ricos e os meios empregados para isto pouco importa. A religião só queria mais adeptos. Depois de saquearem todo os ouro, prata e peças preciosas que aqui encontraram, os próximos passos é criar as plantações de açúcar. Mas plantar e colher é muito trabalhoso para quem está acostumado a saquear. O espirito indomável dos poucos índios que restaram se rebelaram contra a escravidão. Eles jamais aceitaram, sem resistência, a dominação dos europeus. Eles repetidamente iniciavam ataques em territórios recentemente ocupados e, em alguns casos, até em territórios já considerados firmemente controlados pelo poder colonial e até se suicidavam quando eram presos.

A força não estava dando muito resultados, então se voltaram para a “FÉ”. Os religiosos tentaram tornar os nativos dóceis e submissos pela fé. Sem resultado, os índios não tinham religião.

Em algumas partes deste novo continente, como no Ceará, localizado no norte da Região Nordeste do Brasil, os índios criaram confederações, a confederação dos Cariris, ocorrido entre 1683 e 1713, que envolvia nativos principalmente do Ceará e alguns do Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba. Os primeiros ataques aconteceram na região norte-rio-grandense do Açu, dizimando vilas e fazendas dos conquistadores resultando em mortes e destruição, então o governo-geral do Brasil, pediu ajuda dos “Bandeirantes”, uma espécie de legião estrangeira daquela época, formado por todo tipo de aventureiros, armados até os dentes...foram derrotados. Isto motivou outras nações como as dos Anacés, Jaguaribaras, Acriús, Canindés, Jenipapos, Tremembés e dos Baiacus, o que fez as relações entre conquistadores e nativos azedar de vez por todo o continente da América do Sul. Todo o poderio militar da pólvora, da bala, do canhão, do combustível, levou mais de 30 anos para derrotar uma dezena de guerreiros armados apenas com flechas e machadinha de pedra. Assim terminou a Confederação dos Cariris, apontada nos livros de História tradicionais como a "Guerra dos Bárbaros".

Sem índios para tocar as plantações de açúcar, os conquistadores se voltaram para o que sabem de melhor fazer: há um lugar aonde se pode comprar escravos, e se olharmos para a história da escravidão, o destino número um dos escravos da África, são as plantações de açúcar.

Então as plantações de açúcar moldam a história de desenvolvimento no oriente médio nas cruzadas, na conquista da Mesoamérica, e mesmo na história da escravidão da África para as Américas. Cultivada pela primeira vez há mais de 6000 anos antes na Ásia, ao ser ingerido ativa os receptores gustativos da língua, enviando sinais para o nosso cérebro, ativando as vias da recompensa e causando a liberação de uma onda de hormônios de bem-estar, como a dopamina. O açúcar "sequestra a via da recompensa do cérebro", nos deixa viciados pois estamos programados a desejar.

Três gerações antes de nós, ainda demoramos mais de 01 anos para a logística fazer circular mercadorias e informações ao redor do mundo, pois tudo ainda é movido pela força dos músculos humanos ou dos animais, e isto não é suficiente para nos impulsionar para a era moderna.

“A necessidade é a mãe de todas as invenções”, dizia Platão, um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga. Está teoria está para ser posta em pratica em 1712, ao tentarmos extrair uma fonte de energia do princípio da formação da terra antiga, que foi produzida graças aos restos deteriorados de samambaias enterradas e que deu origem ao carvão produzimos mais uma reviravolta na história; A extração do carvão leva cada vez mais as profundidades que são alagadas e se faz necessários bombear água para fora e para que isto se torne possível, em 1712, Thomaz Newcomen produz uma bomba alimentada pela queima do carvão impulsionada pelo vapor, libertando assim o homem dos limites de seus músculos e isto significou a substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico (ou artesanal) pelo sistema fabril. A revolução industrial começa.

O advento da produção em larga escala mecanizada tornou em pouco tempo o mundo do atlântico no novo líder econômico, portanto o líder cultural, político e militar que vai dominar a política geoglobal a partir daquele momento até hoje.

A humanidade deve muito a alguns visionários, que movidos por sua curiosidade, dedicaram suas vidas a entender como o mundo funciona. Por causa deles, a qualidade de vida da humanidade deu grandes saltos, e muito do que consideramos hoje lugar comum só foi possível por causa de certas descobertas e avanços científicos.

Mas há algo que incomoda muito a humanidade. Neste ano de 2018, não existem ninguém vivo que nasceu antes de 1900. Nasceram desde o surgimento do Homo sapiens 108 bilhões de pessoas, dos quais 101 bilhões já morrem.

A força construtora que esculpiu o universo, que preparou as estrelas como fábrica de elementos, competiu e criou formas mais complexas para criar vida, para dominar o fogo, se espalhar pelo planeta, construir civilizações e impérios, juntar continentes, cruzar oceanos, encontrar a energia tecnológica para nos levar para o futuro num presente cheio de energia e de criatividade, é a mesma que ainda hoje nos mantém presa terra. A gravidade.

Mas já alcançamos feitos dignos de comemorar. Saímos da era do fogo ao domínio da eletricidade e demos fim as noites eternas de escuridão. Da roda ao carro, locomotiva, avião, satélites, radar, foguetes e naves que nos levaram até a lua o que foi mais um enorme salto para a humanidade em julho de 1969.

Da flecha, a pólvora, a explodir mundos com a Bomba Atômica. Usamos uma impressora 3D para produzir armas como o fuzil AR 15 em casa, de plástico que são impossíveis de serem detectadas num raio X. Do início da escrita ao papel, jornal, a velocidade da luz nas comunicações por computadores, celular, televisão a internet sem fio. De observar estrelas a olho nu, ao telescópio, a descobrir água em marte e bilhões de outros universos como o que habitamos.

Não precisamos mais escravizar outros seres humanos para fazer nossos trabalhos pois desenvolvemos máquinas, robôs e sistemas evoluídos de produção. Das trocas de mercadorias ao comercio eletrônico e ao cartão de crédito. Do Betume a Fissão nuclear, aos cristais de dilítio, sim, os mesmos de Star Trek, para nos levar além da velocidade da luz. Encurralados por bactérias que dizimaram populações, deciframos o DNA e descobrimos as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento da vida, desenvolvemos vacinas, antibiótico, Raio X, descobrimos as células troncos, manipulação de memória a inteligência artificia. Construímos Robôs feitos com moléculas do nosso próprio DNA que são capazes de pensar, construir e se multiplicar. Nos voltamos para o Admirável Mundo Nano: Nanociência e Nanotecnologia. Descobrimos os segredos de seres minúsculos e extraordinários.

Pegue um sujeito e triture ele num liquidificador, e ele vai voltar vivinho e alegre, como se acabasse de retornar de umas férias no Beach Park. Este senhor é diferente do Benjamin Button. Enquanto que a maioria dos seres vivos estão condenados a morrer de uma ou outra forma, este senhor é imortal, ele não pode morrer de velho. E isto não significa que não envelheça, é algo bem mais estranho e fascinante: quando ele chega a uma determinada idade, rejuvenesce. Trata-se de uma espécie de medusa chamada Turritopsis Nutricula, é um hidrozoário, ou seja, um animalzinho marinho de alguns poucos milímetros e quase transparente. É o único ser vivo que os cientistas consideram que conseguiu enganar à morte. E ele não é o único. Existe uma espécie de álamos que compartilham as raízes e o DNA que podem viver ao menos 80 mil anos e mais 03 espécies imortal que estão em estudo.

Pegue este outro Senhor e o deixe por milhões de anos sem beber ou comer, depois leve ele para a era do gelo ou para o frio absoluto do espaço sideral, retire ele e coloque em um lugar mais quente que o inferno, leve-o para um lugar com zero de energia ou com muita radiação, retire todo o oxigênio para ele não respirar, jogue ele pelado no espaço sideral e vá busca-lo daqui há alguns séculos... Você vai encontrar o Sr. Tardígrado novinho em folha. Ele é microscópico, mas é o animal mais durão que existe.

Alguns anfíbios, como tritões e salamandras, possuem uma capacidade impressionante de regeneração, podendo regenerar até porções do cérebro e da coluna. Vermelho, azul, verde, violeta e… invisível. As safiras- do-mar tem sido descrita como um dos animais mais bonitos do mundo por conta de uma habilidade peculiar: mesmo quando você as vê, elas podem desaparecer em um instante ficando “invisíveis”.

Duas gerações depois de nós.

Estamos numa base militar de terráqueos no planeta marte, num lago com cerca de 20 quilômetros a cerca de 1,5 quilômetro de profundidade sob a calota de gelo no Polo Sul do Planeta Vermelho que foi encontrado no longínquo ano de 2018.

Não estamos mais presos a gravidade da terra. Assim como nos expandimos no planeta terra, agora nos expandimos pela Via Láctea. Nossas naves ultrapassaram em muito a velocidade da luz. Uma geração antes de nós, depois das antigas naves exploradoras como Voyager, Robô Curiosity e SpaceX, mandamos robôs produzidos com células troncos nossas para explorar outros planetas. Com sua inteligência artificial conseguem produzir peças sobressalentes e se consertam quando quebram em planetas alienígenas. Desde que tenha peças e matéria prima para produzir as peças. Mas não é suficiente.

Um teste esta para ser realizado. Uma máquina capaz de sobrevier no gelo absoluto do espaço ao calor de uma estrela, de ser triturado num liquidificador, de arrancar seus membros e mesmo assim se renegar como se nada tivesse acontecido. De fazer bilhões de cálculos pela inteligência artificial de que é dotada, pensar, simular situações e sonhar, imune a doenças, vírus e capaz de ficar invisível quando lhe for conveniente e não morre nunca nem fica velho.

Nosso cérebro com 100 milhões de neurônios e 1 trilhão de conexões foi capaz de reescrever o DNA humano, acrescentando DNA da imortal medusa Turritopsis Nutricula, do Sr. Tardígrado o ser mais durão do universo, das invisíveis safiras-do-mar, de anfíbios que se regeram sem precisar de conserto mecânico, e mais outros segredinhos, equipados de Máquinas e armas que nem nos melhores filmes de ficção do século XXI os humanos foram capazes de pensar.

Estamos prontos! Vamos ao encontro de uma raça alienígenas inteligentes que localizamos em outra galáxia. Alguns robôs vão nos acompanhar. Mas, antes vamos dar uma vacina antivírus neles. Sim, desenvolvemos vírus capaz de danificar enormemente nossos robôs ultra inteligente no passado quando percebemos que eles poderiam nos derrotar. Agora eles funcionam como nossos cães de guerra ou de caça. Como nossos trabalhadores braçais ou para qualquer outra utilidade em benefício do conforto humano. Aprendemos no passado, não queremos sermos exterminados como os antigos índios americanos. Em homenagem aos visionários do passado, agora vamos dominar o mundo nos teletransportando pela luz líquida do universo..., ficção? Talvez não.

JOSÉ IDELFONSO ALBUQUERQUE NETO.

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